segunda-feira, 21 de julho de 2008

FATURAMENTO SUS – MATERIAL PARA ESTUDO


Em muitos hospitais por onde passo, os faturistas realizam o faturamento SUS, porém não entendem o motivo da utilização de códigos e formulários específicos desse convênio (consideremos o SUS como um convênio ok?). O faturamento SUS possui muitas particularidades que estão enquadradas nas infinitas portarias publicadas e, para piorar a situação, a tabela de procedimentos e vários atributos utilizados há muitos anos pelos faturistas mudou em Dezembro/2007, obrigando todo mundo a estudar e entender as novas regras para faturar suas AIHs BPAs e APACs de forma correta. Além de toda esta mudança, o material de estudo disponível no site do DATASUS estava desatualizado, confundindo ainda mais a cabeça de todos (inclusive eu) que precisavam entender a nova codificação, formulários e regras. O bom de toda esta mudança é que posso perceber que o processo ficou mais simples, os programas do DATASUS mais modernos e a organização e unificação da Tabela de Procedimentos (Tabela Unificada) evoluiu bastante. E agora, depois de tudo que já rolou após a obrigatoriedade de utilização da Tabela Unificada, em julho o DATASUS libera o manual de procedimentos técnicos para o SIH/SUS. Antes tarde do que nunca!
Para baixar o manual acesse o endereço http://w3.datasus.gov.br/sihd/Manuais/SIH_Manual_Tecnico_Operacional_JULHO.pdf e faça bom proveito. Neste manual é descrito todo o processo de faturamento das AIHs (autorização de Internação Hospitalar), além de questões específicas para cobrança, auxiliando muito os faturistas.
Para o (Boletim de Procedimentos Ambulatoriais) e APAC (Autorização para Procedimentos de Alta Complexidade) o DATASUS publicou em Maio/2008. Acesse o endereço ftp://200.214.44.164/siasus/documentos/MANUAL_SIA_Maio_2008.pdf para fazer o download.
O entendimento correto dos procedimentos e regras para Faturamento pode ajudar na maximização do valor faturado, já que muitas vezes são deixados de cobrar procedimentos, medicamentos ou taxas que o hospital tem direito.
Bons estudos e até a próxima!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

LAVANDERIA HOSPITALAR


Um das grandes dificuldades pra quem trabalha na área de Gestão Hospitalar é encontrar material de qualidade, tanto em livros quanto na própria internet. Recentemente estava procurando material para saber mais sobre os processos que envolvem a lavagem de roupas em um hospital. Encontrei um manual muito legal feito pelo Ministério da Saúde, porém, o mesmo foi feito em 1986, ou seja, eu estava correndo o risco de estudar um material desatualizado e acabar propondo soluções ultrapassadas para os clientes. Diante disso fiz mais procuras para ver se encontrava uma versão mais atual do documento que, mesmo sendo de 1986 é muito bom, e acabei encontrando um outro manual feito pela ANVISA e de excelente qualidade - PROCESSAMENTO DE ROUPAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS. Este usa como uma de suas referências o próprio manual do Ministério da Saúde feito em 1986, além de várias outras obras. Além da estrutura física e etapas no processamento de roupas, o manual ainda aborda a questão do controle de infecção hospitalar neste setor.
É um ótimo material para quem precisa ou tem a curiosidade em saber como funciona uma Lavanderia Hospitalar.
Para quem estiver interessado nos materiais, aí vai o endereço do site da ANVISA com a divulgação e o download do material. Espero que seja muito útil!!!

http://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/NOTICIAS/2007/041207_1.htm

Até a próxima postagem!

terça-feira, 27 de maio de 2008

ESCOLHENDO AS PESSOAS CERTAS NO PROJETO DE IMPLANTAÇÃO

Na seleção dos colaboradores que irão acompanhar uma implantação de sistema é necessário se atentar para algumas questões:

* MOTIVAÇÃO /COMPROMETIMENTO
A falta de motivação/comprometimento das pessoas que participam da implantação resulta em desligamento da empresa no período de implantação ou até mesmo depois que o sistema já se encontra em fase de produção. Muitas vezes, este usuário foi treinado e ficou encarregado de passar o conhecimento adquirido para as outras pessoas. Com a saída dele, a implantação pode ficar comprometida.

* PERÍODO DE FÉRIAS / ESCALAS DE PLANTÃO
Muitos funcionários são treinados e quando se aproxima o momento de se iniciar o sistema novo, ou ainda na fase de treinamento, os mesmos saem de férias. Com isso, será necessário treinar outras pessoas novamente, o que irá gerar custos adicionais e possível atraso na implantação do sistema. É importante se atentar para este fato tanto no período de treinamento quanto no período da virada do sistema, quando o sistema atual deixa de ser utilizado e inicia-se o uso do sistema de gestão adquirido.

* GRAVIDEZ / OUTROS BENEFÍCIOS
Pode parecer estranho, mas muitas vezes gestantes são treinadas e depois de alguns meses acontece o que todo mundo já esperava: saem de licença maternidade e levam consigo tudo o que aprenderam no treinamento. Mais uma vez, será necessário treinar novos colaboradores e novamente gerar custos e atrasos que poderiam ser facilmente evitados.

* FREQUENCIA
Funcionários que faltam demais devem ser evitados, já que o período de treinamento tem uma ordem cronológica pré-estabelecida e ficar revendo assuntos pode atrasar o projeto.

* FACILIDADE PARA APRENDER / ENSINAR
Muitas pessoas têm facilidade para assimilar um novo sistema, porém, são centralizadoras e acabam não transmitindo o conhecimento adquirido aos outros colaboradores. Como não é viável treinar o hospital inteiro antes de implantar o sistema, pessoas com o perfil acima não devem participar do processo de treinamento.
São necessários profissionais com facilidade de compreensão e que acima de tudo estejam comprometidos a transmitir o conhecimento adquirido.
Mesmo que a princípio se tenha a sensação de que faltam pessoas certas para acompanhar o processo, jamais centralize os treinamentos em somente um colaborador ou em um grupo muito restrito. O ideal é que se consiga formar uma equipe multidisciplinar para inclusive estudar possíveis problemas que possam vir a ocorrer, já que dessa forma será possível analisar o processo de uma forma ampla.

Parece tudo muito claro, eu sei, mas é sempre o que acontece!
Se você conhece algum item que pode influenciar na escolha ou queira fazer sua crítica/sugestão, não espere mais, poste seu comentário.
Até a próxima.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O básico não é o simples, é o essencial!

Na metodologia de implantação de sistemas que trabalho atualmente, existe uma primeira fase de treinamento que se chama cadastros básicos. São aqueles cadastros que o hospital já possui de alguma forma, como os médicos, setores, centros de custo, plano de contas, estrutura de materiais e o cadastro dos convênios que são atendidos e as negociações realizadas entre hospital e convênio ou operadora.
Esta fase, apesar de ser a mais simples no processo de implantação, é a mais crítica, já que estamos falando dos principais cadastros que irão compor o sistema de informação. O sucesso ou o fracasso de qualquer sistema de depende de um cadastro bem feito e bem elaborado.
Parece ser óbvio, mas o que acontece na grande maioria das vezes é o contrário: a empresa ainda não possui estes cadastros definidos. Muitas vezes o cadastro está com duplicidades, incompleto ou não atende às necessidades do hospital.
Depois de um curso de Custos que fiz neste último final de semana, pude perceber a importância desses cadastros, pois uma vez mal definido, toda a implantação irá sofrer as conseqüências, inclusive o objetivo maior da implantação de um sistema de gestão, que é otimizar a receita!
Se eu fosse administrador, jamais contrataria uma consultoria de implantação de sistemas se não tivesse estas informações, ou então, contrataria uma consultoria especificamente para ajudar na definição destes cadastros.
A princípio parece desperdício de dinheiro ou simplesmente propaganda, já que atuo na área, porém, muitas vezes trabalhamos com hospitais públicos e sabemos que o dinheiro que está sendo investido na implantação do sistema vem do governo, que cobra impostos, e sabemos que é a população que paga isso. Vendo por este lado, tenho razão em ficar preocupado. De qualquer forma, sendo hospital público ou não, o que acontece no final é sempre o mesmo: a implantação ultrapassa o cronograma previsto e o resultado final não é o esperado.
Dessa forma, é altamente recomendável analisar com carinhos estes cadastros, que são básicos na implantação do sistema, não por serem os mais simples, mas sim pela sua criticidade no sucesso da implantação.
Nos próximos POSTS vou tentar falar um pouco de cada cadastro básico, mas por hoje é só!

Até a próxima!

Meu primeiro POST

Pra você que teve a curiosidade de visitar este BLOG, seja bem vindo.

Já trabalho na área da saúde há 11 anos e venho prestando consultoria em hospitais desde julho/2007. Pelos hospitais que passei, encontrei vários problemas e uma coisa me chamou atenção: a grande maioria desses problemas é comum a todos eles.
Dessa forma, jogando conversa fora com outros colegas consultores e contando experiências vividas, achei interessante criar um espaço para descrever estes casos e minha opinião a respeito dos mesmos.
Espero que estas postagens sejam úteis para você de alguma forma.

Até a próxima postagem!!!